ELEIÇÕES 2016. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO. REPRESENTAÇÃO POR CONDUTA VEDADA A AGENTES
PÚBLICOS. ART. 73, I E III, DA LEI DAS ELEIÇÕES. GRAVAÇÃO DE VÍDEO POR PROFESSORA NO RECINTO DE ESCOLA PÚBLICA
MUNICIPAL, DURANTE O HORÁRIO NORMAL DE EXPEDIENTE, EM BENEFÍCIO DE CANDIDATURA A VEREADOR . MANUTENÇÃO PARCIAL DA SENTENÇA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, COM
APLICAÇÃO TÃO SOMENTE DE MULTA, NO MÍNIMO LEGAL. PRETENSÃO DE REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. ENUNCIADO
SUMULAR Nº 24 DO TSE. INOVAÇÃO NA TESE RECURSAL. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS HÁBEIS PARA
MODIFICAR A DECISÃO AGRAVADA. NEGADO PROVIMENTO AO
AGRAVO INTERNO. 1. SÃO PROIBIDOS O USO DE BEM PÚBLICO
EM BENEFÍCIO DE CANDIDATO E A REALIZAÇÃO DE
CAMPANHA POR SERVIDOR EM HORÁRIO DE EXPEDIENTE.
INTELIGÊNCIA DO ART. 73, I E III, DA LEI Nº 9.504/1997 . 2. Hipótese em que, para rever a conclusão do TRE/RJ de que a agravante se
beneficiou de um vídeo feito em prol de sua campanha eleitoral, gravado
por professora no recinto de uma escola pública municipal durante o
horário normal de expediente, inclusive com a participação de alunos, seria
necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, providência
incabível em recurso de natureza especial, conforme o Enunciado Sumular
nº 24 deste Tribunal Superior. 3. O princípio da dialeticidade recursal impõe ao recorrente o ônus de evidenciar os motivos de fato e de direito
capazes de afastar todos os fundamentos da decisão que se pretende
modificar, sob pena de vê-la mantida por seus próprios fundamentos (AgR- AI nº 231-75/MG, rel. Min. Luiz Fux, julgado em 12.4.2016, DJe de
2.8.2016), como no caso dos autos. 4. É inadmissível a inovação de teses
no agravo regimental, ante a ocorrência de preclusão (AgR-REspe nº 30- 59/MT, rel. Min. Rosa Weber, PSESS de 23.11.2016). 5. Negado
provimento ao agravo interno” (TSE – Agravo de Instrumento nº 36077, Acórdão, Relator Min. Og Fernandes, Publicação: DJE – Diário da justiça
eletrônica, Tomo 102, Data 31/05/2019, Página 48-49) –